O Comércio “Sino-Angolano” no esquema “Prebischiano” de Centro-Periferia: breves lições para o Brasil hoje
Com esse artigo – aliando os métodos qualitativo e quantitativo de pesquisa – analisamos a relação comercial bilateral sino-angolana – China-Angola – hodierna com enfoque na questão do petróleo. Como parte de um panorama econômico globalizado, buscamos identificar as assimetrias nessa relação à luz do esquema “Prebichiano” de Centro-Periferia” – elaborado pelo economista Raúl Prebisch no século passado –. A China, um país emergente – em desenvolvimento – (ou já de Centro para alguns pensadores), tem de fato uma economia pujante com uma capilaridade ainda complexa de dimensionar. Enquanto Angola é um país que ainda pode ser conceituado – sob vários aspectos – “subdesenvolvido” (ou seja, um país periférico). Esse artigo pode também ser concebido como mais um passo para entender o que a China almeja econômica, é claro, – mas também politicamente do restante do Continente Africano, do mundo e do Brasil –. Ensejando possibilidades de pesquisar especificamente as relações da China com outros países africanos lusófonos, tais como: Moçambique (fornecedor de madeira para os chineses) e Cabo Verde (fornecedor de pescados para os chineses). Por fim, procuramos extrair das relações comerciais bilaterais sino-angolanas, breves lições para o comércio bilateral sino-brasileiro – China-Brasil – já que a China é hoje o nosso maior parceiro econômico. With this article - combining the qualitative and quantitative research methods - we analyze the Sino-Angolan - China-Angola - bilateral trade relationship today focusing on the oil issue. As part of a globalized economic landscape, we seek to identify asymmetries in this relationship in light of the “Prebichian” Center-Periphery scheme” - elaborated by economist Raúl Prebisch in the last century -. China, an emerging developing country (or already a Center for some thinkers), has indeed a thriving economy with a capillarity that is still complex to scale. While Angola is a country that can still be conceptualized - in many ways - “underdeveloped” (ie a peripheral country). This article can also be conceived as a further step in understanding what China wants economically, of course - but also politically from the rest of the African continent, the world and Brazil -. As a possibility to investigate specifically China's relations with other Lusophone African countries, such as: Mozambique (Chinese wood supplier) and Cape Verde (Chinese fish supplier). Finally, we seek to draw from Sino-Angolan bilateral trade relations, brief lessons for Sino-Brazilian bilateral trade - China-Brazil - as China is today our largest economic partner.