scholarly journals INFLUÊNCIA DA DIABETES GESTACIONAL NO DESENVOLVIMENTO DO FETO

2021 ◽  
Author(s):  
Nicole Pelentir Becker ◽  
Guilherme Baggio Mendes ◽  
Letícia Moreno Palma Albring ◽  
Nielly Beatriz Pacheco

Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como qualquer grau de intolerância à glicose desencadeado durante a gravidez, sendo um problema comum na gravidez em que a hiperglicemia se desenvolve durante a gestação, podendo acarretar complicações para o gestante e para o feto. Objetivos: entender as principais complicações relacionadas a diabetes gestacional, elucidar a incidência da diabetes gestacional. Material e Métodos: Este estudo foi desenvolvido com o auxílio de uma revisão narrativa, que consiste em publicações amplas, apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou de um determinado assunto, sob ponto de vista teórico ou contextual. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados BVS, PubMed, e Scielo. Foram utilizadas publicações entre os anos de 2005 até 2020, nas línguas Português e Inglês, incluindo no trabalho artigos e livros que abordavam o tema de forma pertinente. Resultados: Em estudos mais recentes do International Diabetes Federation (IDF), a DMG afeta 14% das grávidas de todo o mundo, representando 18 milhões anualmente. Mesmo sendo um problema comum pode acarretar vários problemas tanto para mãe quanto para o feto, como: parto prematuro, maior risco da mãe desenvolver diabetes tipo 2 pós-parto, predisposição de doenças cardiovasculares, crescimento excessivo do feto, podendo resultar em uma macrossomia, riscos de hipoglicemia nos bebês devido a dependência formada pela hiperglicemia materna, podendo contribuir com lesões na região cerebral caso não seja tratado. Alguns fatores que podem desencadear a DMG incluem sobrepeso, dieta desregulada com deficiência de micronutrientes, idade materna avançada e histórico familiar. Até então não são conhecidos tratamentos amplamente aceitos ou estratégia de prevenção que não sejam interferência no estilo de vida e eventualmente terapia com insulina. Conclusão: A diabetes gestacional é uma doença preocupante que pode acarretar problemas sérios caso não seja diagnosticada previamente, é de extrema importância o acompanhamento médico adequado para todas as gestantes, a fim de detectar a DMG previamente e garantir um tratamento de qualidade, reforçando assim uma segurança para a mãe e o feto. Com isso para que haja desenvolvimento de novos métodos para o tratamento da doença é de extrema importância o entendimento das principais complicações da diabetes gestacional.

Author(s):  
Bruno Helman ◽  
Lucia Dias da Silva Guerra

O diabetes é uma pandemia global (BASSET, 2005), que atinge cerca de 425 milhões de pessoas (IDF, 2017). O Brasil possui uma das maiores prevalências do diabetes, sendo que ocupa a quarta posição entre pessoas adultas (20-79 anos) e a terceira posição entre jovens com menos de 19 anos com diabetes tipo 1. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) declara que há mais de 13 milhões de brasileiros vivendo com a patologia, o que representa cerca de 7% da população (SBD, 2017). Contudo, não há qualquer distinção entre a população que possui diabetes tipo 1, tipo 2 ou até mesmo outro casos com menor prevalência, como “Lada” ou “Mody”. Segundo a International Diabetes Federation (IDF), os cuidados em saúde referentes à essa doença, inclusive em países de baixo desenvolvimento, envolvem: acesso a medicação (insulina), automonitorização (teste de glicemia capilar), acompanhamento nutricional, prática de atividade física , acompanhamento psicológico e educação em diabetes. A ONU declarou em 2007, que o diabetes é um “desafio de saúde global“ (ONU, 61/225),foi responsável por cerca de 1,5 milhão de mortes em 2012 (OMS, 2012), sem ao menos considerar os casos originados a partir de complicações do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Das mais de 422 milhões de pessoas com diabetes estima-se que cerca de 50% ainda não foi diagnosticada (IDF, 2015). Além das perdas humanas, o diabetes apresenta um altíssimo impacto econômico. Dados da American Diabetes Association (ADA), estimam que os gastos com os casos de diabetes diagnosticados foram de US$ 327 bilhões em 2017 (ADA, 2017). Estudo realizado em 184 países do mundo, com adultos (20-79 anos), com diabetes estabeleceu que o custo global é de mais de US$ 1 trilhão (BOMMER et all., 2017). Esse valor corresponde a quase 2% do PIB mundial. Bommer et all (2017) concluíram que 2/3 do valor total foram gastos diretos (cuidados médicos), enquanto 1/3 foram gastos indiretos, como por exemplo, a perda de produtividade. Contudo, é extremamente difícil mensurar os custos diretos relacionados ao tratamento do diabetes e aqueles que são derivados do tratamento das suas complicações. A educação em saúde sobre diabetes é ferramenta fundamental do processo de manejo e autocuidado da pessoa que possui essa doença, mas muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de saúde ou até mesmo pelos gestores tomadores de decisão. Ainda na primeira metade do século XX, Elliot P. Joslin, médico e fundador do centro de referência em diabetes que leva seu nome, já preconizava que "o paciente educado fica melhor". Essa linha de atenção de educação em saúde, que envolve a pessoa com diabetes, tornando-a protagonista do seu cuidado integral, tem ganho força no cenário mundial. Nos últimos cinco anos, foi reconhecida tanto pela IDF quanto pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Ainda com relação ao reconhecimento da importância da educação no processo de controle do diabetes, a OPAS - publicou em 2012 o caderno de orientações intitulado "Melhorias dos Cuidados Crônicos por meio das Redes de Atenção à Saúde" onde sugere um Modelo de Cuidados Crônicos – MCC, utilizado com êxito tanto em países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Ele pressupõe que a atenção às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ocorra com base na orientação, na equidade com a participação do indivíduo, da família e da comunidade. Além disso, que fomente a preparação de recursos humanos na atenção às DCNTs e à qualidade de vida (SBD, 2017). É importante destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como “health education” o conjunto de ações desenvolvidas com intuito de ajudar comunidades e indivíduos a melhorarem sua saúde a partir do ganho de conhecimentos e/ou influência sobre suas atitudes. A limitada biografia existente sobre os custos do diabetes torna ainda mais complexa uma pesquisa que tem como objetivo entender a relação da educação em saúde do paciente com diabetes e os custos econômicos para a saúde pública. Objetivo: Entender os custos econômicos para a saúde pública decorrentes da educação em saúde para pacientes com diabetes. Método: Esse estudo é uma revisão integrativa com abordagem qualitativa, que busca entender o estado da arte sobre a relação da educação em saúde de pacientes com diabetes e os gastos em saúde com suas complicações, no setor público. Para isso, foi realizada a busca da literatura disponível sobre o tema, na base de dados PubMed. Como critério de inclusão, serão selecionados artigos científicos disponíveis na base de dados, no idioma português e inglês. Para a definição dos descritores de busca sobre o tema utilizou-se inicialmente, os DeCS (Descritores em Ciência da Saúde). Os principais descritores selecionados para a busca foram: educação em saúde, paciente, diabetes, gastos, setor público. Posteriormente, foi feita a pesquisa desses descritores na própria base de dados PubMed por meio do MeSH (Medical Subject Headings). A sintaxe final da busca foi (((PATIENT AND DIABETES MELLITUS)) AND (HEALTH EDUCATION OR HEALTH EXPENDITURE* OR COST)) AND PUBLIC SECTOR. Resultados: Foram encontrados 72 estudos, a partir de uma análise preliminar observou-se que apenas dois estudos são nacionais e apenas um aborda exclusivamente o diabetes tipo 1, os demais não fazem essa distinção ou abordam exclusivamente o diabetes tipo 2. Considerações finais: A partir dos dados, pôde-se observar que é um tema pouco abordado pela literatura o que pode ser uma evidência a pouca relevância dada à educação em saúde para população com diabetes pelo sistemas públicos ao redor do mundo.  


Author(s):  
Camila Ribeiro Coelho ◽  
Vera Lúcia Adami Raposo do Amaral

O diabetes mellitus é uma doença crônica, caracterizada por um tratamento complexo. Este estudo teve como objetivo analisar as contingências a que oito adultos portadores de diabetes tipo 2 estariam submetidos frente às condições impostas pelo tratamento. Com base no exame da hemoglobina glicada, os participantes foram divididos entre: Grupo A (controle glicêmico adequado) e o Grupo B (controle glicêmico inadequado). Os resultados apontaram um melhor seguimento das orientações passadas pela equipe, comportamentos de autocontrole e contingências de reforçamento positivo no Grupo A, enquanto que no Grupo B houve um predomínio das contingências de reforçamento negativo e não discriminação dos eventos privados.


2020 ◽  
Vol 20 ◽  
Author(s):  
Ochoa-González Fátima de Lourdes ◽  
González-Curiel Irma Elizabeth ◽  
Cervantes-Villagrana Al-berto Rafael ◽  
Fernández-Ruiz Julio Cesar ◽  
Castañeda-Delgado Julio Enrique

: Diabetes is a chronic disease characterized by marked alterations in the metabolism of glucose andby high con-centrations of glucose in the blood due to a decreased insulin production or resistance to the action of this hormone in pe-ripheral tissues. The International Diabetes Federation estimates a global incidence of diabetes of about 10% in the adult population (20 -79 years old), some 430 million cases reported worldwide in 2018. It is well documented that people with diabetes have a higher susceptibility to infectious diseases and therefore show higher morbidity and mortality compared to the non-diabetic population. Given that the innate immune response plays a fundamental role in protecting against invading pathogens through a myriad of humoral and cellular mechanisms, the present work makes a comprehensive review of the innate immune alterations in patients with type 2 diabetes mellitus (T2D) as well as a brief description of the molecular events leading or associated to such conditions.We show that in these patients a compromised innate immune response in-creases susceptibility to infections.


Epigenomes ◽  
2021 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 13
Author(s):  
Dennise Lizárraga ◽  
Alejandra García-Gasca

Gestational diabetes mellitus (GDM) is a pregnancy complication first detected in the second or third trimester in women that did not show evident glucose intolerance or diabetes before gestation. In 2019, the International Diabetes Federation reported that 15.8% of live births were affected by hyperglycemia during pregnancy, of which 83.6% were due to gestational diabetes mellitus, 8.5% were due to diabetes first detected in pregnancy, and 7.9% were due to diabetes detected before pregnancy. GDM increases the susceptibility to developing chronic diseases for both the mother and the baby later in life. Under GDM conditions, the intrauterine environment becomes hyperglycemic, while also showing high concentrations of fatty acids and proinflammatory cytokines, producing morphological, structural, and molecular modifications in the placenta, affecting its function; these alterations may predispose the baby to disease in adult life. Molecular alterations include epigenetic mechanisms such as DNA and RNA methylation, chromatin remodeling, histone modifications, and expression of noncoding RNAs (ncRNAs). The placenta is a unique organ that originates only in pregnancy, and its main function is communication between the mother and the fetus, ensuring healthy development. Thus, this review provides up-to-date information regarding two of the best-documented (epigenetic) mechanisms (DNA methylation and miRNA expression) altered in the human placenta under GDM conditions, as well as potential implications for the offspring.


2021 ◽  
Vol 30 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Ana Karine de Andrade Souza ◽  
Igor Cézar Roque de Araújo ◽  
Fernando De Sousa Oliveira

A quantidade de pessoas obesas vem crescendo significativamente em todo o mundo. Esse fato representa um risco para o aumento do número de portadores de diabetes mellitus tipo 2. A farmacoterapia do diabetes pode alterar o peso corporal, auxiliando tanto na perda como no ganho ponderal. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi revisar os fármacos utilizados no tratamento da diabetes tipo 2 que podem interferir no peso corporal, a fim de auxiliar os profissionais na orientação de indivíduos portadores da doença. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados: SciELO, Scholar Google, PubMed, BVS e Portal de Periódicos Capes, a partir de trabalhos publicados entre 2010 e 2019. Observou-se que as biguanidas, os inibidores da α-glicosidade, os análogos de incretinas, os análogos da amilina e os inibidores do cotransportador de sódio/glicose acarretam perda de peso. Por outro lado, as sulfonilureias, as meglitinidas e as glitazonas conferem ganho de peso ao paciente. Sendo assim, a prescrição desses fármacos deve ser feita de maneira individualizada.


Author(s):  
Dyah Marianingrum ◽  
Ibrahim ,

According to the 2017 International Diabetes Federation, the global prevalence rate of Diabetes Mellitus sufferers of 8.8% of the total population in the world from year to year shows an increase. The number of deaths that occurred as many as 4 million people in 2017. The western Pacific region including Indonesia has the highest mortality rate compared to all regions with a mortality rate of 1.3 million in adults. This shows the awareness of the sufferers of Diabetes Mellitus for routine check-ups to health centers is still lacking. According to the 2013 Basic Health Research, the prevalence of people with diabetes mellitus in Indonesia based on a diagnosis or symptoms of 2.1% increased from previous research of 1.1%. The prevalence of DM in Riau Islands Province increased from 0.8 to 1.5%. According to Batam City Health Office data in 2016, the incidence of Diabetes Mellitus in several Puskesmas with 3,724 visits, Botania Puskesmas was the third highest after Lubuk Baja and Balik Padang. This study used a survey method with a cross-sectional approach. The population in this study was Type 2 diabetes mellitus patients who examined themselves at the Botania Health Center in Batam City. Sampling using a purposive sampling technique with criteria established by researchers. The dependent variable in this study is blood sugar level because it is a diagnosis of diabetes mellitus while the independent variable is the measurement of waist circumference. Data analysis using the Spearman rank test. The results of the univariate analysis showed 73.7% of the majority of respondents had a high sugar level. Bivariate analysis with the Spearman Rank test, the results of the analysis found there is a relationship between waist circumference size and blood sugar levels (P-value = 0.341) with the direction of a positive relationship and the strength of the relationship is sufficient (r = 0.409). There is a significant relationship between waist circumference size and blood sugar level with sufficient strength of a relationship


2017 ◽  
Vol 46 (3) ◽  
pp. 289-302 ◽  
Author(s):  
Viviana Andrea Barragán Torres ◽  
Laura Marcela García Prada ◽  
Luis Miguel Mateus Dueñez ◽  
Laura Consuelo Mateus Mateus ◽  
Fernando Rodríguez Sanabria

El incremento de la obesidad en la sociedad se ha hecho evidente en los últimos años.Estadísticas recientes de entidades oficiales la ubican dentro de las enfermedades másprevalentes en el mundo. La obesidad es una enfermedad crónica proinflamatoria, que cursa con un desbalance en la actividad endocrina del tejido adiposo generandoun cambio en el patrón de producción de determinadas adipocitoquinas relacionadas con el incremento en la resistencia a la acción de la insulina y el consecuenteaumento de la glucemia, característicos de la diabetes mellitus tipo 2.El tratamientode estos desórdenes está orientado a disminuir la glucemia y reducir el peso del individuo que los padece. Los medicamentos utilizados para tratar ambas enfermedadescomúnmente tienen efectos secundarios indeseables, lo que ha hecho que los farmacólogos estén en constante búsqueda de nuevos medicamentos. El objetivo de esta publicación es hacer una revisión del estado del arte en las dos enfermedades,tomando como punto de partida el hecho de que las dos tienen en común la inflamación sistémica leve y alteración del sistema inmune que desemboca en resistencia a la acción de la insulina y, además, señalar la actividad de algunos aceites esencialesestudiados hasta el momento en ratas y ratones como posibles alternativas terapéuticas en el control de la obesidad y la diabetes mellitus tipo 2.


2020 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
Author(s):  
Carlos Alberto Fernández Silva ◽  
Betty Antiñirre Mansilla ◽  
Viviana Carolina De La Hoz Chávez

Introducción: La diabetes mellitus es un problema de salud pública que ocasiona afecciones biopsicosociales en los individuos que la padecen, conllevando a la necesidad de valorar aspectos que pueden incidir en su compensación tal como la autoeficacia y la satisfacción usuaria. Materiales y métodos: Se desarrolló una investigación cuantitativa de tipo correlacional que tuvo como referente el Modelo de Promoción de la Salud, y que incluyó  por muestreo aleatorio simple a 86 individuos con diabetes mellitus tipo 2, en quienes se pudo establecer su perfil, percepción de autoeficacia y satisfacción usuaria  a través del instrumento para la evaluación de autoeficacia en Diabetes tipo 2 (alfa de Cronbach de 0,85) y el PACIC(Patient Assessment of Chronic Illness Care) (alfa de Cronbach de 0,88). Resultados: Los usuarios en su mayoría son mujeres (65%), en etapa de adulto medio (65,1%), se perciben como autoeficaces(82,6%) y muestran satisfacción por el servicio ofrecido(76,7%), presentando descompensación metabólica (57%). Se pudo apreciar asociación entre la autoeficacia y el grupo etario (p=0,002), contar con pareja (p=0,029), la hemoglobina glicosilada (p=0,007) y el estado cognitivo de los adultos mayores (p=0,017), al igual que entre la satisfacción y el grupo etario (p=0,033), el sexo (<0,001), y la situación laboral (p=0,005). Discusión: El perfil establecido coincide con el reportado en otras publicaciones. La autoeficacia y satisfacción usuaria son aspectos que se relacionan con la compensación de los usuarios. Conclusiones: Se requiere potenciar aspectos como la autoeficacia y la satisfacción usuaria,  siendo pertinente la aplicación del Modelo de Promoción de la Salud. Como citar este artículo: Fernández-Silva Carlos Alberto, Antiñirre Mansilla Betty, De La Hoz Chávez Viviana Carolina. Autoeficacia y satisfacción de los usuarios con diabetes tipo 2 de un centro de salud chileno. Revista Cuidarte. 2020; 11(2): e933. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.933


Author(s):  
Camila Barros de Miranda Moram ◽  
Raísa Belo do Nascimento ◽  
Carolina Rebellato ◽  
Gil Fernando de Salles ◽  
Claudia Regina Lopes Cardoso ◽  
...  

Introdução: Diabetes tipo 2 pode gerar complicações que podem comprometer a mobilidade funcional, sendo, por vezes, necessário o uso de meios auxiliares de locomoção. Objetivos: Identificar a prevalência do uso de meios auxiliares de locomoção em pessoas com diabetes tipo 2, comparar variáveis sociodemográficas, clínicas, de qualidade de vida e desempenho ocupacional entre indivíduos que fazem ou não uso destes dispositivos e verificar a ocorrência de indicação, prescrição, treinamento e orientação. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo de abordagem transversal descritiva realizado em duas etapas com pacientes da Coorte de Diabetes tipo 2 acompanhados regularmente no ambulatório em um hospital universitário. A etapa 1 envolveu pesquisa retrospectiva com 474 participantes. A etapa 2 foi realizada com participantes da primeira etapa. Resultados: Na etapa 1 foram identificados 51 usuários de meios auxiliares de locomoção: pessoas mais velhas, com maior tempo de diagnóstico, maior índice de massa corporal e complicações de saúde. Apresentavam também piores níveis de qualidade de vida e desempenho ocupacional. Na etapa 2, 29 desses 51 participantes foram avaliados, os mesmos usavam mais bengalas e em ambiente comunitário. A maioria não tinha recebido indicação e treinamento profissional para uso destes dispositivos. Considerações finais: A prescrição e o treinamento de meios auxiliares de locomoção devem ser realizados de forma cuidadosa por profissional especializado para otimizar a funcionalidade e participação social. Abstract Introduction: Type 2 diabetes can lead to complications that can compromise functional mobility, and it is sometimes necessary to use auxiliary means of mobility. Objectives: To identify the prevalence of the use auxiliary means of mobility in people with type 2 diabetes, to compare sociodemographic, clinical, quality of life and occupational performance variables among individuals who use or not use these devices and to verify the occurrence of indication, prescription, training and guidance. Method: This is a retrospective study with a cross-sectional descriptive approach carried out in two stages with patients from the Type 2 Diabetes Cohort regularly monitored at the outpatient clinic of a university hospital. Stage 1 involved a retrospective survey of 474 participants. Stage 2 was carried out with participants from the first stage. Results: In step 1, 51 users of auxiliary means of locomotion were identified: older people, with longer time of diagnosis, higher body mass index and health complications. They also had worse levels of quality of life and occupational performance. In step 2, 29 of these 51 participants were evaluated, they used more walking sticks and in a community environment. Most had not received any indication or professional training in the use of these devices. Final considerations: The prescription and training of auxiliary means of locomotion must be carried out carefully by a specialized professional to optimize functionality and social participation.Keywords: Diabetes mellitus type 2, Mobility limitation, Assistive technology. Resumen Introducción: la diabetes tipo 2 puede llevar complicaciones que pueden comprometer la movilidad funcional, y en ocasiones es necesario utilizar medios auxiliares de movilidad. Objetivos: Identificar la prevalencia del uso de medios auxiliares de locomoción en personas con diabetes tipo 2, comparar variables sociodemográficas, clínicas, de calidad de vida y desempeño ocupacional entre individuos que usan o no estos dispositivos y verificar la ocurrencia de indicación, prescripción, formación y orientación. Método: Se trata de un estudio retrospectivo con abordaje descriptivo transversal realizado en dos etapas con pacientes de la Cohorte de Diabetes Tipo 2 monitoreados regularmente en la consulta externa de un hospital universitario. La etapa 1 implicó una encuesta retrospectiva de 474 participantes. La etapa 2 se realizó con participantes de la primera etapa. Resultados: En el paso 1 se identificaron 51 usuarios de medios auxiliares de locomoción: personas mayores, con mayor tiempo de diagnóstico, mayor índice de masa corporal y complicaciones de salud. También tenían peores niveles de calidad de vida y desempeño ocupacional. En el paso 2, se evaluaron 29 de estos 51 participantes, usaron más bastones y en un ambiente comunitario. La mayoría no había recibido ninguna indicación o formación profesional en el uso de estos dispositivos. Consideraciones finales: La prescripción y entrenamiento de los medios auxiliares de locomoción debe ser realizada con cuidado por un profesional especializado para optimizar la funcionalidad y participación social.Palabras clave: Diabetes mellitus tipo 2. Limitación de movilidad. Tecnología de assistência


2018 ◽  
Vol 15 (4) ◽  
Author(s):  
I.A. Medina-Fernández ◽  
R. Gallegos-Torres ◽  
J. Candila-Celis

Objetivo: Comparar el nivel de adaptación del autoconcepto (NAA) en las personas que viven con Diabetes mellitus tipo 2 (DT2), en dos escenarios de una unidad de primer nivel. Metodología: Investigación descriptiva, correlacional, comparativa y transversal con muestreo por conveniencia; se conformó por adultos con DT2 que asisten a control mensual y al grupo de ayuda mutua (GAM) en una unidad de primer nivel. Se aplicó cédula de datos generales e instrumento Viveros03 (α=.85); se realizó valoración antropométrica y glucemia capilar. El análisis de datos fue con SPSS v. 20. La comprobación de hipótesis fue mediante Shapiro-Wilk, T-student y Ji cuadrada. Resultados: Se trabajó con 50 sujetos, 25 del GAM (Grupo A) y 25 de control ambulatorio (Grupo B). El NAA del grupo A fue 60% integrado y del B fue de 68% compensatorio, con diferencia significativa entre ambos grupos (p=0.02). Los estímulos contextuales como control glucémico, años de diagnóstico y tratamiento no demostraron dependencia (p>.05), contrario a los antecedentes familiares con diabetes y pertenecer al GAM en donde sí hubo relación (p=<.05). Conclusión: El NAA fue mejor en el GAM, la valoración positiva del autoconcepto tuvo un mayor impacto, así mismo en el GAM, los antecedentes familiares son estímulos contextuales que permiten la adaptación de manera positiva.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document