scholarly journals Editorial

2008 ◽  
Vol 2 (4) ◽  
pp. 1-3
Author(s):  
Margarita Barretto ◽  
Sênia Bastos

Neste último número do ano de 2008 em primeiro lugar queremos agradecer a todas aquelas pessoas que contribuiram e contribuem com a edição desta revista eletrônica e desejar que todos tenhamos um ano 2009 pleno de realizações profissionais e pessoais.Os artigos que aqui apresentamos refletem pesquisas em vários temas relacionados ao turismo: ensino, economia, novas tendências de mercado, patrimônio. Todos trazem visões diferentes e até antagônicas, mostrando a complexidade deste fenômeno ou fato social que está, de fato, pleno de contradições.Em relação ao tema ensino, Francisco José da Costa apresenta um estudo sobre o interesse dos alunos dos cursos de turismo da cidade de Fortaleza (CE) em empreender atividades empresariais após a formatura. O autor descobre que o discurso da academia quanto ao empreendedorismo tem um eco relativo e que o empreendedorismo interessa mais aos estudantes que têm propensão natural para ele ou que provêm de famílias empreendedoras. Embora se trate de um estudo com poucos casos, circunscrito a uma capital, portanto não passível de generalização, pode ser indicativo de uma tendência, que deveria alertar para os demais cursos do país, fundamentalmente aqueles que alicerçam seus programas na formação para o empreendedorismo.Enquanto os cursos de turismo continuam tentando estimular novos empresários e formando recursos humanos para o planejamento do turismo, o poder público parece não despertar para a necessidade do mesmo, nem os empresários que têm dinheiro para abrir seus próprios negócios. É o que discute Roque Pinto num estudo de caso em Ilhéus, na BA. Este município que fora extremadamente rico durante o auge da monocultura do cacau, muito conhecido através da literatura e da pessoa de Jorge Amado (1912-2001), passou a ter um crescimento espontâneo do turismo, mas sem planejamento nem público nem privado. O estado não cuida da infra estrutura e o empresariado atua na área de turismo enquanto espera o retorno das benesses do cacau, ou como passatempo enquanto desfruta da aposentadoria numa cidade tranquila perto do mar. Para o autor, o problema principal é que nem estes empresários nem o estado enxergam o turismo como possibilidade econômica.Paradoxalmente, Mónica Lacarrieu que é antropóloga tal qual Roque Pinto, enfatiza, no seu artigo, que o problema do turismo tem sido o contrário: ser visto apenas como um fator econômico. A autora discorre sobre a necessidade de ver a relação entre turismo e política, no que traz uma inovação importante nos estudos realizados não apenas na América do Sul mas também do mundo, desde que são poucos os trabalhos fora os de Linda Richter, que focalizam a tal relação.Apresentando o caso de Buenos Aires, Lacarrieu analisa a utilização turística de estereótipos históricos pasteurizados que mascaram os problemas sociais e dos problemas sociais em si mesmos, tais como a pobreza recentemente instalada pelo projeto neoliberal do ex presidente Menem, e o protesto político muitas vezes dirigida a partir outros centros de poder.Como podem duas pessoas com a mesma formação e com o mesmo respaldo teórico oferecem duas explicações antagônicas? Podem, desde que o turismo não têm as mesmas características nem o mesmo desempenho nem obedece aos mesmos fatores em todos os lugares. É, como vimos afirmando há vários anos, um fenômeno rizomático o que tem tornado tão difícil haver um corpo de teorias a alicerçar os estudos, ou, dito de outra forma, a construção de teorias sobre o turismo.Dentro da rubrica produtos e serviços, o artigo de Kushano e Almeida mostra a triste realidade quanto à contradição entre prática e discurso, assim como a limitação de determinados conceitos ou do entendimento dos mesmos. Analisando a adaptação da hotelaria para portadores de necessidades especiais, descobrem que os portadores de deficiência auditiva estão muito pouco ou quase nada contemplados na hotelaria. Embora também se trate de um estudo de caso restrito à cidade de Curitiba (PR) a evidência empírica permite sugerir uma tendência no restante do país e, por que não, do cone sul, problema que também se verifica na área da cultura em geral e da educação.Finalmente, mostrando outro paradoxo do turismo, Berdasco, Afonso e Medeiros, sob orientação de Rejowski, investigam que, na cidade de São Paulo (SP), muitos hotéis se aparelham e muito bem para atender cães e gatos, sozinhos ou com seus donos. As autoras também alertam para o fato de que não é possível fazer generalizações e transparece no texto que tampouco a humanização dos animais é exclusiva do turismo. Os animais de estimação vêm ganhando cada vez mais espaço, no mercado de consumo assim como nos lares, face à crescente solidão em que vivem as pessoas no mundo contemporâneo, questão sobre a qual as autoras conclamam a refletir.A presente edição fecha com a crônica do evento anual da ANPTUR que esta vez aconteceu na cidade de Belo Horizonte, escrita pela presidente da associação, Mirian Rejowski e com a resenha de um livro pouco conhecido ainda no Brasil, The business of Tourism Management, na qual os leitores poderão ter, em oito páginas, um resumo de quase seiscentas, feito com maestria por Alexandre Panosso Netto.Margarita BarrettoSênia Bastos Editoras

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Andre Rezende Benatti

Este artigo tem como objetivo uma apreciação de alguns aspectos que envolvem o realismo e a violência na Literatura, para tal tomamos como objetos de estudo que nos auxiliarão na compreensão dos conceitos contos da escritora hispano-paraguaia Josefina Plá, a saber “La pierna de Severina”, “La Vitrola”, “Sisé” e “Siesta”. Para tal, nos valeremos dos estudos sobre real e o realismo de Roman Jakobson, Roland Barthes e Tânia Pellegrini, entre outros, assim como dos estudos da violência de Hannah Arendt, Xavier Crittiez e Karl Erik Schollhammer. A RENDT, Hannah. Sobre a violência. Trad. André Duarte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.ARISTÓTELES. Poética. Tradução de: SOUZA, Eudoro de. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais – 7ª edição. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2010.BARTHES, Roland. O efeito de real. In: _______. O rumor da língua. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Cultrix, 2004. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2014. CRITTIEZ, Xavier. As formas da violência. Tradução de Lara Christina de Malimpensa e Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha. São Paulo: Edições Loyola, 2011. GALEANO, Eduardo. Las venas abiertas de América Latina. Barcelona: Siglo Veintiuno Editores, 2011. GRAMUGLIO, Maria Teresa. El imperio realista. Tomo 6. Noé Jitrik (Dir.) Historia crítica de la literatura argentina. Buenos Aires: Emecé, 2002. GOMES, Renato Cordeiro.  Por um realismo brutal e cruel. In: MARGATO, Izabel; _______. (Org.). Novos Realismos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. JAKOBSON, Roman. Do realismo na arte. In: TODOROV, Tzvetan. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora UNESP, 2013. LEENHARDT, Jacques. O que se pode dizer da violência? In.: LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. PELLEGRINI, Tânia. Realismo: modos de usar. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.39, p. 11-17, 5 jun. 2012. PLÁ, Josefina. Cuentos completos. Miguel Ángel Fernández. Asunción (org.), Asunción: El Lector, 1996. SCHOLLHAMMER, Karl Erik. A cena do crime: violência e realismo no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. 4. ed. Lisboa: Europa-América, s.d.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Ieda Lourdes Gomes de Assumpção ◽  
Maicon Farias Vieira ◽  
Leticia Fonseca Richthofen de Freitas

Este trabalho tem como objetivo investigar como licenciandos de um curso de letras entendem a didática e a didatização como prática pedagógica na perspectiva decolonial. Pretende investigar, também, como a didática pode fomentar uma prática educativa de vanguarda a partir da análise de narrativas sobre como alunos de uma universidade privada lidam com tais conceitos, passam a operar com eles e constroem suas identidades docentes a partir da(s) linguagem(ns). Para tanto, nos embasamos no campo da Linguística Aplicada Indisciplinar, em sintonia com os estudos culturais, tendo como argumento a relação entre a linguagem e a produção de identidades, considerando a função que as narrativas desempenham no processo de construção identitária, no sentido de propor uma organização dos discursos nos espaços sociais. Sendo assim, a metodologia que se propõe está pautada na análise das narrativas dos licenciandos no processo de construção de conhecimentos a partir da utilização da didática. O resultado desta investigação quanto à formação de professores aponta indícios para refletir sobre a perspectiva da decolonialidade e sobre as identidades docentes como reflexo das performances narrativas da formação, das propostas e das estratégias formativas vivenciadas por meio das mediações didáticas promovidas ao longo do curso de formação dos sujeitos de pesquisa. ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: Dilemas da subjetividade contemporânea. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.BAPTISTA, Lívia Márcia Tiba Rádis. (De)Colonialidade da linguagem, lócus enunciativo e constituição identitária em Gloria Anzaldúa: uma “new mestiza”. Polifonia, Cuiabá: PPGEL/UFMT, v. 26, n. 44, p. 123-145, out./dez. 2019.BASTOS, Liliana Cabral; SANTOS, William Soares. A entrevista na pesquisa qualitativa: perspectiva em análise da narrativa e da interação. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2013.CANDAU, Vera Maria. A didática e a formação de educadores – Da exaltação à negação: a busca da relevância. In: _________(Org.). A didática em questão. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 13-24.FABRICIO, Branca Falabella. Linguística aplicada como espaço de “desaprendizagem”: redescrições em curso. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 45-65.HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2015.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Contemporaneidade e construção de conhecimento na área de estudos linguísticos. SCRIPTA, Belo Horizonte: PPGL/PUC Minas, v. 7, n. 14, p. 159-171, 1º sem. 2004.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Linguística aplicada e vida contemporânea: Problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: _________ (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 85-107.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Práticas narrativas como espaço de construção das identidades sociais: uma abordagem socioconstrucionista. In: RIBEIRO, Branca Telles; LIMA, Cristina Costa; DANTAS, Maria Tereza Lopes(orgs.). Narrativa, Identidade e Clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições IPUB/CUCA, 2001. p. 55-71.NÓVOA, António (org.). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 1995.OLIVEIRA, Luiz Fernandes. O que é uma educação decolonial? Nuevamérica – La revista de la patria grande, Buenos Aires, v. 149, p. 35-39, jan./mar. 2016.OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia Decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte: Fae/UFMG, v. 26, n. 1, p. 15-40, abr. 2010.PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Manual de pesquisa em estudos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2019.PENNYCOOK, Alastair. Uma linguística aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 67-84.RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.VEIGA NETO, Alfredo. A Didática e as experiências de sala de aula: uma visão pós-estruturalista.  Revista Educação e Realidade, Porto Alegre: FaE/UFRGS, v. 21, n. 2, p. 161-175, jul./dez. 1996WALSH, Catherine. Pedagogía decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re) existir y (re) vivir. Tomo I. Quito : Ediciones Abya-Yala, 2013.WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. In: Viaña, Jorge Uzieda; Tapia Luis Mealla & ________ (Eds.). Construyendo Interculturalidad Crítica . 1. ed. Bolivia: Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello, 2009. p. 75-96.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 140-149
Author(s):  
Evandro Figueiredo Candido ◽  
Suely da Fonseca Quintana

Este artigo tem como objetivo rastrear a presença da resistência feminina diante do controle estabelecido pela ditadura chilena. No caso em questão, temos como centro a figura de Alba, personagem de A casa dos espíritos, da chilena Isabel Allende. Tendo como base o plano da narrativa do romance, destacamos a escrita enquanto um caminho para a sobrevivência de uma memória insurgente; ao mesmo tempo, procuramos nos inserir na discussão acerca da ressignificação da mulher, na segunda metade do século XX. Palavras-chave: Resistência. Sobrevivência. Memória. Isabel Allende. Referências ALLENDE, Isabel. La casa de los espíritus. 7. ed. Buenos Aires: Debolsillo, 2006. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas (v. 1). 7. ed. Tradução Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012. CANGI, Ádrian. Imagens do horror. Paixões tristes. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003. DANIEL, Herbert. Passagem para o próximo sonho. Rio de Janeiro: Codecri, 1982. DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução Vera Casa Nova; Márcia Arbex. Belo Horizonte: UFMG, 2011. FRANCO, Renato. Literatura e catástrofe no Brasil: anos 70. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003. GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: 34, 2006. MACHADO, Ana Maria. Tropical sol da liberdade: a história dos anos de repressão e da juventude brasileira pós-64 na visão de uma mulher. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. MUÑOZ, Heraldo. A sombra do ditador: memórias políticas do Chile sob Pinochet. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. ROSA, Susel Oliveira da. Mulheres, ditaduras e memórias: não imagine que precise ser triste para ser militante. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2013. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Reflexões sobre a memória, a história e o esquecimento. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 150-158
Author(s):  
Nathalia Maynart Cadó ◽  
Maria Eunice Moreira

O presente artigo busca relacionar aspectos presentes no livro Cadernos de infância de Norah Lange com o período histórico no qual foi escrito e que se encontra Buenos Aires no século XX. Será contextualizado que tal período foi muito importante para a nação argentina, pelo impulso modernizador da época, sociedade onde estava inserida Norah Lange e que, anos antes, presenciou e vivenciou quando criança. Percebe-se que, no livro, há fatores históricos implícitos, evidenciados e mostrados por meio deste trabalho. Palavras-chave: Memória. História. Modernidade argentina. Infância. Norah Lange. Referências ASSMAN, A. Espaços de recordação: formas e transformações da memória cultural. Tradução Paulo Soethe. Campinas: Unicamp, 2011. LANGE, N. Cadernos de infância: memórias. Tradução Joana Angélica D`Avila Melo. Rio de Janeiro: Record, 2009. PIZZARRO, A. O sul e os trópicos: ensaios de cultura latino-americana. Tradução Irene Kallina e Liege Rinaldi. Niterói: UFF, 2006. SARLO, B. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007, p. 9-44. SARLO, B. Modernidade periférica: Buenos Aires 1920 e 1930. Tradução Júlio Pimentel Pinto. São Paulo: Cosac Naify, 2010.


2019 ◽  
pp. 110-112
Author(s):  
Aron José Pazin de Andrade

Foi com grande satisfação que aceitei escrever este editorial para a revista científica “The Academic Society Journal”, um novo e importante meio de divulgação dos trabalhos científicos sul-americanos e até mesmo de outros países, uma vez que é possível a publicações em português, espanhol e inglês. Esta revista é também um meio importante para a divulgação dos trabalhos apresentados nos Congressos de Engenharia e Ciências Aplicadas nas Três Fronteiras (MEC3F), evento anual que acontece na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, com apoio do Parque Tecnológico Itaipu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este editorial tem a função de informar os leitores desta revista que o MEC3F conta desde já com o apoio da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Órgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos a SLABO, tornando-se um evento satélite da SLABO. Este apoio se dará através da divulgação dos eventos entre os sócios da SLABO, participação dos pesquisadores em palestras ou aulas nas áreas científicas específicas da SLABO, envio de trabalhos científicos de seus membros ao MEC3F além de receber trabalhos científicos dos leitores desta revista para serem apresentados nos congressos organizados pela SLABO. Informações sobre atuação da SLABO podem ser encontradas no site: www.slabo.org.br. O que é a SLABO: Ela é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne profissionais ligados à pesquisa, ao desenvolvimento, teste e utilização de biomateriais e órgãos artificiais em diferentes aplicações clínicas, incluindo aqueles que utilizam engenharia de tecidos para sua construção. Na sua relação de membros constam os nomes dos principais pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e tecnológicas, atuantes no campo da Engenharia, Medicina, Odontologia, Farmácia, Biologia, Veterinária e de Química ligados à área de biomateriais e órgãos artificiais, dos países latino americanos, dos Estados Unidos, Canadá e até países europeus. Contando um pouco da história da SLABO: A necessidade de profissionais que atuavam em Biomateriais e Órgãos Artificiais em se organizarem de modo a propiciar melhores oportunidades de contato, de discussões técnicas, de troca de idéias e de opiniões culminou na organização de alguns eventos científicos no Brasil. Esses encontros revelaram a necessidade de se congregar toda essa massa crítica em uma Sociedade, que intermediasse de forma sistemática e em ambiente favorável essas interações. Nesse contexto, como oportunidade para a concretização desse objetivo, foi sugerida a realização em Belo Horizonte, do I Congresso Latino Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (1º COLAOB), entre os dias 10 e 13 de dezembro de 1998, ocasião em que foi realizada uma assembleia geral de fundação da SLABO e o presidente do 1º Colaob se tornou o presidente da SLABO. Os congressos foram acontecendo e, em suas assembleias gerais, novas diretorias da SLABO foram empossadas. Veja uma relação desses eventos e os novos presidentes da SLABO: 1º COLAOB, 1998, Belo Horizonte, MG – Presidente: Leonardo Lanna Wykrota; 2º COLAOB, 2001, Belo Horizonte, MG – Presidente: Aron José Pazin de Andrade; 3º COLAOB, 2004, Campinas, SP – Presidente: Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; 4º COLAOB, 2006, Caxambú, MG – Presidente: Glória Dulce de Almeida Soares; 5º COLAOB, 2008, Ouro Preto, MG – Presidente: Marivalda de Magalhães Pereira; 6º COLAOB, 20010, Gramado, RS – Presidente: Luís Alberto Loureiro dos Santos; 7º COLAOB, 2012, Natal, RN– Presidente: Clodomiro Alves Júnior; 8º COLAOB, 2014, Rosário, Argentina – Presidente: Marcos Pinotti Barbosa; Em 2015, devido ao falecimento do Prof. Marcus Pinotti, seu Vice-presidente se tornou Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook 9º COLAOB, 2016, Foz do Iguaçu, PR – Presidente: Carlos Roberto Grandini; 10º COLAOB, 2018, João Pessoa, PB – Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook; Alguns dos trabalhos apresentados nestes congressos foram selecionados e seus autores foram convidados a enviarem uma versão completa de seus trabalhos para serem revisados e publicados em números especiais da revista Artificial Organs, vejam os editoriais escritos nestas revistas em referências 1, 2, 3 e 4. Como a SLABO está comemorando este ano seus vinte anos de sua fundação, ela ganha um presente, está podendo participar dessa importante iniciativa de grupos de grande relevância para a pesquisa e ensino da América dos Sul, o evento Mec3F e a revista “The Academic Society Journal”. O que nos faz ficar muito agradecidos. Obrigado em nome da SLABO.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


2019 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 23-38
Author(s):  
Cristian Marques

Resumo: O objetivo deste artigo é explicitar aspectos da interpretação de Gadamer à Carta Sétima de Platão que lancem luz sobre quais traços fundamentais são imprescindíveis a uma epistemologia que se ancore na hermenêutica filosófica. Merold Westphal propôs em um artigo que a hermenêutica filosófica poderia fornecer elementos para uma renovação da epistemologia analítica. O presente trabalho inscreve-se no interesse amplo de tratar sobre que implicações teriam para noção de conhecimento se a epistemologia seguisse o caminho apontado por Westphal. Para tanto, escolhemos um trabalho onde Hans Georg Gadamer, principal defensor da hermenêutica filosófica, explora uma interpretação fenomenológica de Platão em que identificamos elementos relevantes para pensar a noção de conhecimento dentro dessa chave de leitura. Hans-Georg Gadamer explora, sob a luz de sua concepção ontológico-hermenêutica, o texto da Carta Sétima, dando um entendimento renovado a alguns aspectos da obra platônica, bem como indicações a uma compreensão fenomenológica do conhecimento.  Palavras-chave: Teoria do Conhecimento. Gadamer. Platão. Carta Sétima. Hermenêutica.   Abstract: The aim of this article is to make explicit aspects of Gadamer 's interpretation of Plato's Seventh Letter that shed light on what fundamental traits are indispensable to an epistemology that is anchored in philosophical hermeneutics. Merold Westphal proposed in an article that philosophical hermeneutics could provide elements for a renewal of analytic epistemology. This paper is part of the broader interest of discussing what implications would have for the notion of knowledge if epistemology followed the path Westphal pointed out. For this, we chose a work where Hans Georg Gadamer, the main defender of philosophical hermeneutics, explores a phenomenological interpretation of Plato in which we identify relevant elements to think the notion of knowledge within this key of reading. Hans-Georg Gadamer explores, in the light of his ontological-hermeneutic conception, the text of the Seventh Letter, giving a renewed understanding to some aspects of the Platonic work, as well as indications to a phenomenological understanding of knowledge.  Keywords: Theory of Knowledge. Gadamer. Plato. Seventh Letter. Hermeneutics. REFERÊNCIASBONJOUR, L. The structure of empirical knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1985.GADAMER, H.-G. Dialektik ist nicht Sophistik. Theätet lernt das im Sophistes. In: Griechische Philosophie. t.3. Gesammelte Werke, Bd. 7. Tubingen: Mohr, 1985c [1990], pp.338-370._______. Dialektik und Sophistik im siebenten Platonischen Brief. In: Griechische Philosophie. t.2. Gesammelte Werke, Bd. 6. Tubingen: Mohr, 1985b [1964], pp.90-115._______. Die phänomenologische Bewegung. In: Neuere Philosophie, t. 1; Hegel, Husserl, Heidegger. Gesammelte Werke, Bd. 3. Tubingen: Mohr, 1987 [1963], pp.105-146._______. Hegel und Heidegger. In: Neuere Philosophie, t. 1; Hegel, Husserl, Heidegger. Gesammelte Werke, Bd. 3. Tubingen: Mohr, 1987 [1971], pp.87-101._______. Platos dialektische Ethik. In: Griechische Philosophie. t.1. Gesammelte Werke, Bd. 5. Tubingen: Mohr, 1985a [1931], pp.3-163._______. Platos dialektische Ethik - beim Wort genommen. In: Griechische Philosophie. t.3.  Gesammelte Werke, Bd. 7. Tubingen: Mohr, 1985c [1989], pp.121-127._______. Praktisches Wissen. In: Griechische Philosophie. t.1. Gesammelte Werke, Bd. 5. Tubingen: Mohr, 1985a [1930], pp.230-248._______. Wahrheit und Methode: Grundzüge einer philosophischen Hermeneutik. In: Hermeneutik I. Gesammelte Werke, Bd. 1. Tubingen: Mohr Siebeck, 1990 [1960].GRONDIN, J. Einführung zu Gadamer. Tübingen: Mohr Siebeck, 2000._______. Von Heidegger zu Gadamer: Unterwegs zur Hermeneutik. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft – WBG, 2001.HEIDEGGER, M. Sein und Zeit. 19. Faksimile-Ausgabe der 1. Ausgabe. Tübingen: Verlag, 2006 [1927].PLATÃO. Opera Platonis. Recognovit brevique adnotatione critica instruxit Ioannes Burnet. Scriptorum Classicorum. Bibliotheca Oxoniensis, v.1-6. Oxford: Clarendoniano Typographeo, 1900.///RORTY, R. A filosofia e o espelho da natureza. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.ROHDEN, L. Filosofa enquanto Fenomenologia e Hermenêutica à luz da Carta VII de Platão. In: BOMBASSARO, L. C.; DALBOSCO, C. A.; KUIAVA, E. A., (org.). Pensar Sensível. Festscrift ao prof. Jayme Paviani. Caxias do Sul, RS: Educs, 2011, pp. 87-104._______. Filosofando com Gadamer e Platão: movimentos, momentos e método[s] da dialética. Dissertatio, 36 (2012), pp. 105-130. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15210/dissertatio.v36i0.8660> (acessado em 09.08.2018)._______. Hermenêutica e[m] resposta ao elogio da verdadeira filosofia da Carta Sétima de Platão. In: Kriterion, Belo Horizonte, v. 54, 127 (2013), p. 25-42. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2013000100002&lng=en&nrm=iso > (acessado em 17.09.2018)._______. Filosofar com Gadamer e Platão: hermenêutica filosófica a partir da Carta Sétima. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2018.SMITH, P. C. H.-G. Gadamer’s Heideggerian Interpretation of Plato. In: Journal of the British Society for Phenomenology, Stockport, England, v. 12, 3 (1981), pp. 211–230. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/00071773.1981.11007544> (acessado em 06.07.2018).VALENTIM, I. A Carta VII, o manifesto e a autobiografia política de Platão. In: Revista Opinião Filosófica, Porto Alegre, v. 3, 1 (2012), pp-60-72. Disponível em: <http://periodico.abavaresco.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/435> (acessado em 17.09.2018).WESTPHAL, M. A hermenêutica enquanto epistemologia. In: GRECO, J.; SOSA, E. (orgs.). Compêndio de Epistemologia. São Paulo: Loyola, 2008. pp. 645-676. 


2018 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 223-238
Author(s):  
Jean Vargas

Resumo: O artigo leva em conta a recepção de Kierkegaard sobre o modo como os românticos lidam com o conhecimento e argumenta que o dinamarquês tem algo a dizer sobre temáticas de educação que estão hoje na ordem do dia. O artigo mostra ainda como Kierkegaard lida com temas transdisciplinares e em que medida a herança romântica, em contraposição ao legado iluminista, o ajuda a conceber sua reflexão pedagógica e existencial.Palavras-chave: Kierkegaard. Educação. Romantismo alemão. Pedagogia. Dúvida Abstract: The article takes into account Kierkegaard's reception of how the romantics deal with knowledge and argues that the Danish has something to say about education issues that are today the order of the day. The article also shows how Kierkegaard deals with transdisciplinary themes and to what extent the romantic heritage, in contrast to the enlightened legacy, helps him to conceive his pedagogical and existential reflection. Keywords: Kierkegaard. Education. German romanticism. Pedagogy. Doubt. REFERÊNCIASBEISER, Frederick. German Idealism: The Struggle against subjectivism 1781-1801. Londres: Harvard University Press, 2002.BERLIN, Isaiah. As raízes do romantismo. São Paulo: Três Estrelas, 2015.GRAMMONT, Guiomar de. Don Juan, Fausto e o Judeu Errante em Kierkeggard. Petrópolis: Catedral das Letras, 2003.KIERKEGAARD, Søren. Johannes Clímacus ou é preciso duvidar de tudo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.KIERKEGAARD, Søren. Ponto de vista explicativo da minha obra de escritor: uma comunicação direta, relatório à História. Tradução de João Gama. Lisboa: Edições 70, 2002._______. Ou-ou: um fragmento de vida. Volume I. Tradução de Elisabete M. de Sousa. Lisboa: Relógios’d’água, 2013a._______. Pós-escrito conclusivo não científico às Migalhas filosóficas: coletânea mímico-patético-dialética, contribuição existencial, por Johannes Climacus.  Tradução de Álvaro L. M, Valls. Petrópolis: Vozes, 2013. v.1._______. Temor e Tremor. Tradução de Maria José Marinho. São Paulo: Abril cultural, 1974. (Os pensadores).LÖWITH, Karl. De Hegel à Nietzsche. Tradução de Rémi Laureillard, Paris: Gallimard, 1969.PATTINSON, George. Kierkegaard, Religion and the Nineteenth-Century Crisis of Culture. Cambridge : Cambridge University Press, 2004.SAFRANSKI, Rudiger. Romantismo: uma questão alemã. Tradução de Rita Rios. São Paulo: Estação Liberdade, 2010.VALLS, Álvaro; MARTINS, Jasson. (Org.). Kierkegaard no nosso tempo. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.VARGAS, Jean. Kierkegaard entre a existência e o niilismo. Puc Minas: Sapere Aude, Belo Horizonte, v.6–n.12, Jul./Dez.2015, p. 657-671.VARGAS, Jean. Indivíduo e multidão: uma reflexão sobre o lugar da ética no pensamento de Søren Kierkegaard. UFMG: Outramargem, Belo Horizonte, V.  - n., 2 Semestre 2014, p. 99-109.


2018 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 155-174
Author(s):  
Fransmar Costa Lima

Resumo: O artigo que ora se apresenta é, na realidade, um pequeno ensaio que tem por finalidade indagar a importância da educação no pensamento de Søren Kierkegaard e investigar se, no âmbito da existência como possibilidade, uma educação voltada para a subjetividade se mostra efetiva diante dos debates acerca da liberdade e da singularidade do indivíduo. Pouco se debate sobre o conceito de educação em Kierkegaard, porém, acreditamos que se trata de um ponto basilar no pensamento do filósofo dinamarquês, conforme buscamos demonstrar, e deve ser objeto de maiores pesquisas, estudos e reflexões. Tomamos como referência para o início desse debate textos como as Migalhas Filosóficas e o Post-Scriptum, onde a subjetividade e a singularidade aparecem como conceitos fundamentais.Palavras-chave: Educação. Existência. Singularidade. Subjetividade. Kierkegaard. Abstract: The present article is, in fact, a small essay whose purpose is to investigate the importance of education in Søren Kierkegaard's thinking and to investigate whether, in the scope of existence as a possibility, an education focused on subjectivity is effective before the debates about the freedom and the singularity of the individual. There is little debate about the concept of education in Kierkegaard, but we believe that this is a basic point in the thinking of the Danish philosopher, as we seek to demonstrate, and should be the object of further research, study and reflection. We take as reference for the beginning of this debate texts such as the Philosophical Fragments and the Post-Scriptum, where subjectivity and singularity appear as fundamental concepts.Keywords: Education. Existence. Uniqueness. Subjectivity. Kierkegaard. REFERÊNCIASALMEIDA, J.M A alteridade na construção da ética de Kierkegaard e Lévinas. In:  Revista Controvérsia - Vol. 6, n° 1: 36-45 (jan-mai 2010), São Leopoldo: UNISINOS, 2010.KIERKEGAARD, Søren. Diario: 1847-1848, Vol. 4. 3ª ed. A cura di Cornelio Fabro. Brescia: Morcelliana, 1980. (D 4)._______. Opere. Sansoni Editore. Milano: 1993._______. Postilla Conclusiva no Scientifica alle Briciole di Filosofia. In: Opere. Tradução e organização de Cornélio Fabro. Sansoni Editore: Milano, 1993._______. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discurso. Tradução de Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 2005._______. Três Discursos Edificantes de 1843. Tradução de Henri Nicolay Levinspuhl.  Publicação do Tradutor. Rio de Janeiro:  2000.KIERKEGAARD, Søren. Migalhas filosóficas ou um bocadinho de filosofia de João Climacus. Tradução de Álvaro Valls, e Ernani Reichmann. Petrópolis: Vozes, 2001._______. O conceito de Ironia: constantemente referido à Sócrates. Tradução de Álvaro Valls, e Ernani Reichmann. Vozes: Rio de Janeiro, 1997._______. Johannes Climacus ou É preciso duvidar de tudo. Tradução Silvia Saviano Sampaio e Álvaro Valls. Martins Fontes: São Paulo, 2003._______. Diário Íntimo. Tradução de Maria Angélica Bosco. Santiago Rueda: Buenos Aires, 1989MARTINS, J.S.; VALLS, A. L. M. (orgs.). Kierkegaard no nosso tempo. Nova Harmonia: São Leopoldo: 2010. 


2018 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 85-113
Author(s):  
Nathalia Gleyce dos Santos Salazar

Resumo:  Apresenta-se uma discussão sobre o conhecimento e a tese dos três mundos no qual a interação entre estes nos aproxima da verdade do problema corpo-mente, tendo em vista, uma nova proposta de solução. O terceiro mundo é uma peça importante neste trabalho; sendo assim, analisaremos o que Popper designa como Mundo 3, em que ele consiste e o papel da linguagem como diferencial do ser humano. Apresentamos as críticas popperianas às correntes monistas e dualistas, ousando fazer uma crítica a Teoria do Conhecimento tradicional. Desta forma, a proposta apresentada por este filósofo da ciência diferencia-se de tudo que estava sendo feito até então, por isso, o interesse de apresentar essa abordagem pouco trabalhada de Popper. Palavras-chave: Conhecimento. Corpo-Mente. Mundo 3.Abstract: In this work, we present a discussion about knowledge and the theory of the three worlds in which the interaction between them approaches to the truth of the mind-body problem, in view of a proposed solution. The third world is an important piece in this work. Therefore, we will analyze what Popper describes as World 3, what it is and the role of language as a differential of human beings. We present Popper’s criticisms to the monistic and dualistic currents, daring to criticize the theory of traditional knowledge. Thus, the proposal of science presented by this philosopher differs from everything that was being done until then. This explains the interest in presenting this unusual approach to Popper.Keywords: Knowledge. Body-Mind.  World 3. REFERÊNCIASLEAL-TOLEDO, Gustavo . Popper e seu Cérebro. Revista da Faculdade de Letras. Série Filosofia, v. XXIII, p. 59-68, 2007.POPPER, Karl Raimund. A Lógica da Pesquisa Científica. Tradução de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira de Mota.  São Paulo: editora Cultrix. 2007.POPPER, Karl Raimund. Conhecimento Objetivo: uma abordagem evolucionária. Tradução de Milton Amado.  Belo Horizonte, Ed. Itatiaia Ilimitada. São Paulo, Ed. Da Universidade São Paulo, 1975._______.  O Conhecimento e o Problema Corpo –Mente. Tradução Joaquim Alberto Ferreira Gomes. Lisboa, Ed. 70. 1996.   _______. Conjecturas e Refutações: o desenvolvimento do conhecimento científico. Trad. Benedita Bettencourt. Ed. Livraria Almedina, 2006._______.  O Eu e Seu Cérebro. Karl Popper, Jonh C. Eccles;Tradução Silvio Meneses Garcia, Helena Cristina F. Arantes e Aurélio Osmar C. de Oliveira. – Campinas, SP: Papirus; Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília. 1991.   _______. O Racionalismo Crítico na Política. Tradução de Maria da Conceição Côrte – Real. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2ª edição, 1994, 74p.SEARLE, John R. La construcción de la realidad social. Trad. Antoni Domènech. Barcelona: Paidós Ibérico, 1995.  


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