Introdução: O curso de Medicina apresenta alguns fatores estressores, como alta cobrança de resultados, grande carga horária, pressão de professores e familiares além da intensa dedicação aos estudos e contato com sofrimento alheio, que podem desencadear transtornos psiquiátricos. Além disso, por si só o ingresso na universidade é um período de grandes impactos na saúde mental e na vida social desses estudantes. Consequentemente, o aluno desenvolve uma elevada expectativa de conquistas, que pode resultar em estresse e, como consequência, desencadear um quadro de ansiedade. Objetivo: O presente resumo tem como objetivo investigar a ocorrência dos sintomas de ansiedade em estudantes de Medicina. Método: Este estudo é uma revisão sistemática que visa analisar, principalmente, a ansiedade em estudantes de medicina do Brasil. Para isso, foi realizado uma pesquisa através das bases de dados PubMed ®, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Após isso, foram definidos como filtros: ensaio clínico, estudo de coorte, ensaio clínico controlado, estudo observacional de corte, transversal, caso-controle e experimental, além de artigos publicados entre 2016 e 2021 e descritores presentes no título. Resultado: A partir desse estudo, foi observado que, principalmente no sexo feminino, os índices da prevalência de ansiedade em estudantes de medicina, têm se apresentam de forma crescente. Outros achados foram de que no total, 28% dos estudantes de medicina apresentaram ansiedade, sendo que 50% dos estudos relataram que o sexo feminino estava relacionado com maiores índices de ansiedade, sendo considerado, por alguns, como um fator de risco. Outros fatores associados a isso foi realização de terapia psicológica ou psiquiátrica, distúrbios no sono, uso de drogas e outros. Conclusão: Este estudo alerta sobre os estudantes de medicina possuírem uma tendência maior a desenvolver sintomas de ansiedade ao decorrer de sua formação profissional, pois lidam com um curso que exige muito tanto física quanto emocionalmente, principalmente por trabalhar com as dores e os sentimentos de uma pessoa. Sendo assim, torna-se relevante proporcionar esclarecimentos sobre essa temática na intenção de reafirmar a importância de oferecer cuidados a esses estudantes no decorrer da sua formação.
Introduction: The medical course has some stressors, such as high demand for results, large workload, pressure from teachers and family members, in addition to intense dedication to studies and contact with the suffering of others, which can trigger psychiatric disorders. Furthermore, admission to university in itself is a period of great impact on the mental health and social life of these students. Consequently, the student develops a high expectation of achievements, which can result in stress and, as a consequence, trigger anxiety. Objective: This abstract aims to investigate the occurrence of anxiety symptoms in medical students. Method: This study is a systematic review that aims to analyze, mainly, anxiety among medical students in Brazil. For this, a search was carried out through the PubMed ®, Virtual Health Library (BVS) and Scientific Electronic Library Online (SciELO) databases. After that, the following were defined as filters: clinical trial, cohort study, controlled clinical trial, observational, cross-sectional, case-control and experimental study, in addition to articles published between 2016 and 2021 and descriptors present in the title. Result: From this study, it was observed that, especially among females, the prevalence rates of anxiety in medical students are increasing. Other findings were that, in total, 28% of medical students had anxiety, and 50% of the studies reported that females were associated with higher levels of anxiety, being considered, by some, as a risk factor. Other factors associated with this were psychological or psychiatric therapy, sleep disorders, drug use and others. Conclusion: This study warns that medical students have a greater tendency to develop symptoms of anxiety during their professional training, as they deal with a course that demands a lot both physically and emotionally, especially for working with the pain and feelings of a people. Therefore, it is relevant to provide clarification on this topic in order to reaffirm the importance of promoting greater care for these students throughout their training.