RESUMO
Este artigo examina apropriações midiáticas pelo feminismo negro baseadas em reflexões teórico-conceituais sobre a problemática da comunicação em sociedades midiatizadas e suas relações com a literacia midiática. O Instituto da Mulher Negra Geledés, fundado em 1998 no período da redemocratização brasileira, constitui-se no objeto de investigação. O movimento Geledés foi observado e mapeado em sua página no site de rede social Facebook, durante um período consecutivo de oito semanas em 2016, com o propósito de identificar modalidades de interações entre seus visitantes. A análise dedica-se, para além das postagens do Geledés, a apreender e compreender o que acontece na esfera da recepção quando se trata de tipos de usos, apropriações e produções de sentidos. Um construto metodológico baseado na Cartografia de Controvérsias (CC) foi operacionalizado para analisar as interações dos actantes sociais do Geledés no Facebook, revelando predominância de interações passivas e elevado número de comentários participativos desqualificados sob a ótica do debate público racional.
PALAVRAS-CHAVE: Comunicação; Redes Sociais; Feminismo Negro; Literacia Midiática; Cartografia de Controvérsias.
ABSTRACT
This article examines media appropriations by black feminism based on theoretical-conceptual reflections on the problem of communication in mediatized societies and their relations with media literacy. The Geledés Black Women's Institute, founded in 1998 in the period of Brazilian redemocratization, is the object of this research. The Geledés movement was observed and mapped on its page on the social networking site Facebook, during a consecutive period of eight weeks in 2016, with the purpose of identifying modalities of interactions among its visitors. The analysis is dedicated, in addition to the posts of the Geledés, to apprehend and to understand what happens in the sphere of the reception when it comes to types of uses, appropriations and of production of meanings. A methodological construct based on the Cartography of Controversies (CC) was operationalized to analyze the interactions of Geledés social actants on Facebook, revealing predominance of passive interactions and a high number of participatory comments disqualified from the perspective of rational public debate.
KEYWORDS: Communications; Social Networks; Black Feminism; Media Literacy; Controversy Cartography.
RESUMEN
Este artículo examina las apropiaciones de medios por el feminismo negro a partir de reflexiones teórico-conceptuales sobre el problema de la comunicación en las sociedades mediáticas y sus relaciones con la alfabetización mediática. El Instituto Geledés de Mujeres Negras, fundado en 1998 en el período de la redemocratización brasileña, es el objeto de esta investigación. El movimiento Geledés fue observado y mapeado en su página en el sitio de redes sociales Facebook, durante un período consecutivo de ocho semanas en 2016, con el propósito de identificar modalidades de interacción entre sus visitantes. El análisis se dedica, además de los puestos de los Geledés, a aprehender y entender lo que sucede en la esfera de la recepción en lo que se refiere a tipos de usos, apropiaciones y de producción de significados. Se implementó un constructo metodológico basado en la Cartografía de Controversias (CC) para analizar las interacciones de actores sociales de Geledés en Facebook, revelando predominio de interacciones pasivas y un alto número de comentarios participativos descalificados desde la perspectiva del debate público racional.
PALABRAS CLAVE: Comunicación; Redes Sociales; Feminismo Negro; Alfabetización Mediática; Cartografía de Controversias.