O estado do Tocantins atualmente é composto por 139 municípios que diferem quanto ao porte demográfico que varia em função do crescimento natural e da migração, processo que leva à redistribuição da população sobre o território. Por isso, tem-se por objetivo analisar os movimentos migratórios intermunicipais ocorridos no Tocantins entre 1991 e 2010. Os dados referentes à migração foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e extraídos utilizando-se o software estatístico SPSS. Com isso as matrizes de migração intermunicipal intraestadual foram geradas e os movimentos migratórios puderam ser analisados. O Tocantins, por se tratar de uma unidade da federação relativamente nova, tem sofrido mudanças que merecem ser consideradas pelas autoridades públicas. Constatou-se que embora o município de Palmas disponha de forte poder de atração, na mesorregião Oriental da qual faz parte, muitos municípios perdem população. Ao contrário, na mesorregião Ocidental, muitos ganham. Os movimentos mais intensos de longa distância ocorreram principalmente rumo à capital. Já os municípios mais antigos, Araguaína e Gurupi, atraíram maiores volumes de migrantes do entorno. Na mesorregião Oriental muitos municípios apresentam saldos migratórios negativos, sendo exportadores; enquanto na mesorregião Ocidental a maioria apresenta saldo migratóriopositivo, sendo atrativos à população tocantinense. Os movimentos ocorridos têm levado à maior concentração populacional no novo centro urbano – Palmas –, mas também naqueles que já dispunham de uma estrutura urbana diferenciada – como Araguaína e Gurupi –, o que merece maior atenção das autoridades públicas para que a concentração não se torne ainda maior. Ainda que Palmas tenha sido criada numa posição estratégica, a mesorregião a qual integra permanece contando com municípios cujas sedes não dispõem de estrutura urbana e dinamismo econômico capazes de mudar a realidade da região, e de seus respectivos municípios, cabendo ao governo pensar em estratégias para minimizar a concentração citada.
Abstract
INTERMUNICIPAL MIGRATORY MOVEMENTS IN THE STATE OF TOCANTINS (BRAZIL) BETWEEN 1991 AND 2010
The state of Tocantins currently consists of 139 municipalities that differ in demographic size, which varies according to natural growth and migration. Process leading to the redistribution of population over the territory. Therefore, the objective is to analyze the inter-municipal migratory movements that took place in Tocantins between 1991 and 2010. The migration data were obtained from the Brazilian Instituto Brasileiro from Geografia and Estatística – IBGE, and extracted using SPSS statistical software. In this way, the inter-state inter-municipal
migration matrices were generated and the migratory movements could be analyzed. The Tocantins, because it is a relatively new unit of the federation, has undergone changes that deserve to be considered by the public authorities. It was found that although the municipality of Palmas has a strong attraction, in the eastern mesoregion of which it is a part, many municipalities lose population. On the contrary, in the Western mesoregion, many win. The more intense movements of long distance occurred mainly towards the capital. Already the older municipalities, Araguaína and Gurupi, attract larger volumes of migrants from the surrounding area. In the Eastern mesoregion, many municipalities present negative migratory balances, being exporters; While in the western mesoregion the majority have a positive migratory balance being attractive to the population tocantinense. The movements that have taken place have led to greater population concentration in the new urban center – Palmas – but also in those that already had a differentiated urban structure – such as Araguaína and Gurupi –, which deserves greater attention from the public authorities. Although Palmas was created in a strategic position, the mesoregion that it integrates continues counting on municipalities whose headquarters do not have urban structure and economic dynamism capable of changing the reality of the region, and of their respective municipalities, being the responsibility of the government to think in strategies for avoid the concentration.
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