Anelvira de Oliveira Florentino
◽
Laudicéia Rodrigues Crivelaro
◽
Talita de Azevedo Coelho Furquim Pereira
◽
Maria Rita Simões Nabi
◽
Isabela de Goes Gagliardi
◽
...
Introdução: Diante da COVID-19, doença altamente contagiosa que se alastrou pelo mundo, e impondo aos profissionais de saúde o desafio de prestar atendimento seguro nas situações que, muitas vezes, são graves, novos protocolos foram estabelecidos como forma de evitar a disseminação do vírus e proteger a equipe de profissionais da saúde . A pandemia do SARS-CoV-2 acometeu milhões de pessoas no mundo, levando centenas a óbito, e trouxe a necessidade de modificações nas práticas de ressuscitação cardiopulmonar, procedimento que gera grande quantidade de aerossóis e risco de contágio. No ambiente hospitalar, são esperadas ações, como: limitar o número de pessoas para fazer o atendimento, iniciar as compressões torácicas com o monitoramento e procedimentos necessários e priorizar a intubação precoce - sempre que tiver um médico experiente disponível . Objetivo(s): Refletir sobre as principais mudanças no atendimento de pacientes, com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19, e que estejam em parada cardiorrespiratória, para atualizar os profissionais em relação ao procedimento, aumentando a chance de sobrevida dos pacientes e diminuindo o risco de contágio à equipe. Métodos: Trata-se de um estudo de reflexão teórica, de caráter descritivo e abordagem qualitativa com base em documentos emitidos pelos principais órgãos reguladores de saúde e periódicos indexados na SciELO e PubMed, realizado em outubro de 2021. O recorte temporal utilizado foi o tempo da pandemia (2019- 2021). Resultados: A transmissão do SARS-CoV-2 se dá por via respiratória através de gotículas salivares emitidas por meio da tosse ou espirro do indivíduo infectado, ou ainda pelo contato com superfícies/objetos contaminados. Alguns procedimentos hospitalares, como: a intubação e a aspiração traqueal, a ventilação mecânica não invasiva, a ventilação manual, a nebulização, as coletas de amostras nasotraqueais, assim como a RCP, emitem aerossóis responsáveis pelo aumento do risco de transmissibilidade . Dessa forma, os profissionais dos serviços de saúde constituem um grupo de alto risco para a COVID19, tornando‑se necessária a adoção de medidas de prevenção, controle e proteção da saúde desses trabalhadores . Conclusão: Evidenciou-se que as principais adequações foram a organização de uma equipe mínima para esses atendimentos, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual adequados e a realização de ventilação segura, com dispositivos que minimizem a formação e disseminação de aerossóis e a utilização de dispositivos mecânicos para a realização de compressões torácicas. Referências 1. Cascella M, Rajnik M, Cuomo A, Dulebohn SC, Di Napoli R. Features, evaluation and treatment coronavirus (COVID-19). Treasure Island (FL): StatPearls Publishing LLC; 2020 [citado 2020 jul 31]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554776/ 2. Organização Mundial de Saúde (OMS). Modes of transmission of virus causing COVID-19: implications for IPC precaution recommendations. Genebra: OMS; 2020 [citado 2020 jul 31]. Disponível em: https://www.who.int/publicationsdetail/modes-of-transmission-of-viruscausing-covid-19-implicationsfor-ipc-precaution-recommendations 3. American Heart Association (AHA). Destaques das atualizações direcionadas nas diretrizes de 2019 da American Heart Association para ressuscitação cardiopulmonar e atendimento cardiovascular de emergência. Dallas: AHA; 2019 [citado 2020 jul 31]. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2019/11/2019- Focused-Updates_Highlights_PTBR.pdf PALAVRAS-CHAVE: Parada Cardíaca, Ressuscitação Cardiopulmonar, Infecções por Coronavírus, Pandemias, Saúde do Trabalhador